NAMASTÊ

"O Deus que habita em mim saúda o Deus que há em você"

MENSAGEM DO DIA

"Que hoje se realize tudo o que você quer. Que a paz de DEUS e o frescor do ESPÍRITO SANTO estejam em seus pensamentos, domine a noite em seus sonhos e dissipe todos os seus medos. Que JESUS se manifeste de uma maneira jamais experimentada por você. Que seus desejos sejam atendidos, inclusive seus sonhos mais íntimos e suas orações sejam respondidos. Nossa oração é para que você tenha FÉ. Nossa oração é para que seus espaços sejam aumentados, é pela paz, cura, saúde, felicidade, prosperidade, alegria e um verdadeiro e eterno amor a DEUS"

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Terapia da Escrita

Desde que somos alfabetizados, lá pelos 6 anos de idade, escrevemos bilhetes, cartas, cartões, redações, diários, agendas, já escrevemos palavras de amor e também de ódio em número suficiente para encher todo um dicionário e formar enciclopédias de 20 volumes. Além de passar de ano na escola e mandar uma cantada para o rapaz da mesa ao lado, escrever é e sempre será uma bela forma de desabafar, botar para fora os sentimentos que não cabem no peito e se transformam em palavrinhas - às vezes, em palavrões! Falamos com pessoas que, cada uma a seu modo, como eu e você, usam a escrita como porta-voz do coração.

Na infância e na pré-adolescência, muita gente faz do diário um grande amigo, capaz de guardar os maiores segredos - e não contar nunca pra ninguém! Foi assim com Adriana Ferraz, 28 anos, que escrevia diariamente tudo o que acontecia na sua vida. "Eu escrevia com riqueza de detalhes, falava das brigas com a minha irmã, com meus pais, escrevia o nome do garoto de quem eu gostava e desenhava um monte de corações em volta. E era tudo exagerado: eu acreditava que ia casar com ele, ter filhos, que iria morrer se não pudesse ficar com ele", lembra Adriana, que guarda os cadernos até hoje e de vez em quando gosta de dar uma olhada. "É um registro, né? As memórias ficam preservadas, os bons e os maus momentos. E sempre dá pra tirar um aprendizado para não repetir os mesmo erros de antes", diz ela, que hoje não tem mais diário, mas guarda seus desabafos em documentos do word, em uma pasta que já acumula textos que podem um dia resultar em uma autobiografia.

Depois do diário, vieram as agendas. Elas não tinham cadeado, mas também eram guardadas a sete chaves, como conta a arquiteta Diane Patrício. "Eu não escrevia todo dia na agenda, mas sempre que estava angustiada com algum problema, na maioria das vezes, sentimental", entrega. Diane, aos 26, ainda tem uma caderneta onde anota os compromissos e não se priva de usá-la também para pequenos desabafos. "Escrevo frases mais poéticas, ou o trecho de uma música que exprima exatamente como anda o meu estado de espírito", revela, garantindo se sentir mais calma depois de escrever.

Hoje em dia, a internet fez das agendas e diários um livro aberto. Milhões de blogs revelam o dia-a-dia de pessoas como a professora de inglês Aline Torres Homem, 30 anos, que tem o hábito de escrever desde garotinha e resolveu publicar seus escritos na rede. "Não me lembro de qualquer época na qual não tivesse uma agenda ou diário, ao menos desde os nove anos... Até hoje tenho minha agenda de compromissos, mas ainda uso pra desabafar também", confessa ela, acrescentando que escrever é sempre um acalento. "É uma auto-análise, botar no papel ajuda a processar qualquer coisa pela qual eu esteja passando. Escrever faz com que eu me distancie um pouco e tenha outro ponto de vista, o que sempre ajuda", garante Aline, dona do blog "Casa do Cacete".

Para a professora de Inglês, o blog é como um psicólogo particular. "É meu confidente, um lugar onde posso dizer o que penso e o que sinto", diz Aline, que não sente sua intimidade devassada. "Quando falo de alguma coisa mais secreta, às vezes uso metáforas, símbolos, analogias... E as pessoas das quais escondíamos os nossos diários (pais, principalmente) continuam "não os lendo", ou seja: quando o fazem, fazem sem que a gente saiba, como naquela época...", diz.


A pessoa pode escrever sob forte emoção, em dado momento e, posteriormente, ler o que escreveu sob um novo olhar, de forma mais racional e lógica


publicitária Rosana F., 30 anos, tem um hábito curioso para desabafar. "Quando estou muito brava com alguém, para não ser grosseira, abro um email e solto os cachorros. Xingo, reclamo, pego pesado. Em seguida, em vez de mandar pra pessoa em quem pensei, mando pra minha melhor amiga", conta Rosana, garantindo que, dessa forma, consegue desabafar sem sair do salto. "Escrever esses desaforos tem o mesmo resultado de contar até 10, dá um alívio, acalma. Depois eu consigo ser educada e falar com a pessoa sem ofender", explica ela. Sua melhor amiga já está acostumada. "Ela ri, toma as minhas dores, me ajuda a xingar também", diz a publicitária.

Segundo a psicanalista e terapeuta de casais Priscila de Faria Gaspar, muitas pessoas gostam de escrever e sentem-se bem com isso. "Não há uma idade ‘certa' ou ‘errada'. O que se observa na prática é que, em geral, adolescentes têm mais tempo livre que adultos, além de muitas vezes sentirem que fatos corriqueiros são problemas enormes para eles", afirma a psicanalista, para quem escrever é uma espécie de auto-ajuda, pois auxilia na elaboração de um conteúdo que, muitas vezes, está confuso. "A pessoa pode escrever sob forte emoção, em dado momento e, posteriormente, ler o que escreveu sob um novo olhar, de forma mais racional e lógica", afirma ela, acrescentando que há casos em que somente escrever não é suficiente e torna-se interessante a procura de um profissional que possa oferecer ajuda.

Sobre os blogs, Priscila salienta um ponto importante. "Pode ocorrer de a pessoa que escreve não ser tão sincera consigo o quanto seria, apenas por estar ciente de que o conteúdo de seu blog pode ser lido por qualquer pessoa", ressalta, frisando as diferenças entre guardar os escritos na gaveta e estampá-los na internet, quando se pode usar recursos ficcionais e poéticos como forma de proteção das intimidades.

Por fim, a psicanalista explica que o ato de escrever permite que se organize melhor as idéias, além de se ter a grande vantagem de não ser interrompido em seu discurso. "Escrever uma carta ou um e-mail pode ser uma forma de retomar o diálogo após uma briga e abrir a possibilidade de uma conversa e nunca para substituí-la", ensina Priscila, que aconselha mulheres a escreverem para seus parceiros. "Mas essas cartas e e-mails devem ser mostradas aos companheiros, sim! De preferência, elas mesmas lendo, com a devida entonação. Para isso, além de um pouco de coragem, é necessário pedir ao companheiro que a ouça, sem interromper, por alguns minutos apenas. Trata-se de um exercício para melhorar a comunicação do casal", finaliza.

Bel Vieira

Mulheres Possíveis

Lulu, uma homenagem da Trupe de Shangai para você!

"Eu não sirvo de exemplo para nada, mas, se você quer saber se isso é possível, me ofereço como piloto de testes.

Sou a Miss Imperfeita, muito prazer.

Uma imperfeita que faz tudo o que precisa fazer, como boa profissional, mãe e mulher que também sou:

Trabalho todos os dias, ganho minha grana, vou ao supermercado três vezes por semana, decido o cardápio das refeições, levo os filhos no colégio e busco, almoço com eles, estudo com eles, telefono para minha mãe todas as noites, procuro minhas amigas, namoro, viajo, vou ao cinema, pago minhas contas, respondo a toneladas de e-mails, faço revisões no dentista, mamografia, caminho meia hora diariamente, compro flores para casa, providencio os consertos domésticos, participo de eventos e reuniões ligados à minha profissão e ainda faço escova toda semana - e as unhas!

E, entre uma coisa e outra, leio livros.

Portanto, sou ocupada, mas não uma workaholic.

Por mais disciplinada e responsável que eu seja, aprendi duas coisinhas que operam milagres.

Primeiro: a dizer NÃO.

Segundo: a não sentir um pingo de culpa por dizer NÃO. Culpa por nada, aliás.

Existe a Coca Zero, o Fome Zero, o Recruta Zero.Pois inclua na sua lista a Culpa Zero.

Quando você nasceu, nenhum profeta adentrou a sala da maternidade e lhe apontou o dedo dizendo que a partir daquele momento você seria modelo para os outros.

Seu pai e sua mãe, acredite, não tiveram essa expectativa: tudo o que desejaram é que você não chorasse muito durante as madrugadas e mamasse direitinho.Você não é Nossa Senhora.Você é, humildemente, uma mulher.E, se não aprender a delegar, a priorizar e a se divertir, bye-bye vida interessante.

Porque vida interessante não é ter a agenda lotada, não é ser sempre politicamente correta, não é topar qualquer projeto por dinheiro, não é atender a todos e criar para si a falsa impressão de ser indispensável. É ter tempo.

Tempo para fazer nada.Tempo para fazer tudo.Tempo para dançar sozinha na sala.Tempo para bisbilhotar uma loja de discos.Tempo para sumir dois dias com seu amor.Três dias.Cinco dias!Tempo para uma massagem.Tempo para ver a novela.Tempo para receber aquela sua amiga que é consultora de produtos de beleza.Tempo para fazer um trabalho voluntário.Tempo para procurar um abajur novo para seu quarto.Tempo para conhecer outras pessoas.Voltar a estudar.Para engravidar.Tempo para escrever um livro que você nem sabe se um dia será editado.Tempo, principalmente, para descobrir que você pode ser perfeitamente organizada e profissional sem deixar de existir.

Porque nossa existência não é contabilizada por um relógio de ponto ou pela quantidade de memorandos virtuais que atolam nossa caixa postal.

Existir, a que será que se destina?

Destina-se a ter o tempo a favor, e não contra.

A mulher moderna anda muito antiga. Acredita que, se não for super, se não for mega, se não for uma executiva ISO 9000, não será bem avaliada.Está tentando provar não-sei-o-quê para não-sei-quem.Precisa respeitar o mosaico de si mesma, privilegiar cada pedacinho de si. Se o trabalho é um pedação de sua vida, ótimo!Nada é mais elegante, charmoso e inteligente do que ser independente.

Mulher que se sustenta fica muito mais sexy e muito mais livre para ir e vir.Desde que lembre de separar alguns bons momentos da semana para usufruir essa independência, senão é escravidão, a mesma que nos mantinha trancafiadas em casa, espiando a vida pela janela.Desacelerar tem um custo.

Talvez seja preciso esquecer a bolsa Prada, o hotel decorado pelo Philippe Starck e o batom da M.A.C.Mas, se você precisa vender a alma ao diabo para ter tudo isso, francamente, está precisando rever seus valores.E descobrir que uma bolsa de palha, uma pousadinha rústica à beira-mar e o rosto lavado (ok, esqueça o rosto lavado) podem ser prazeres cinco estrelas e nos dar uma nova perspectiva sobre o que é, afinal, uma vida interessante.”

MARTHA MEDEIROS - Revista do Jornal O GLOBO

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Feliz Olhar Novo











"O grande barato da vida é olhar para trás e sentir orgulho da sua história.O grande lance é viver cada momento como se a receita de felicidade fosse o AQUI e o AGORA.
Claro que a vida prega peças. É lógico que, por vezes, o pneu fura, chove demais..., mas, pensa só: tem graça viver sem rir de gargalhar pelo menos uma vez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo por causa de uma discussão na ida pro trabalho?
Quero viver bem! Este ano que passou foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizações, mas também cheio de problemas e desilusões. Normal. As vezes a gente espera demais das pessoas. Normal. A grana que não veio, o amigo que decepcionou, o amor que acabou. Normal.O ano que vai entrar vai ser diferente. Muda o ano, mas o homem é cheio de imperfeições, a natureza tem sua personalidade que nem sempre é a que a gente deseja, mas e aí? Fazer o quê? Acabar com o seu dia? Com seu bom humor? Com sua esperança?
O que desejo para todos é sabedoria! E que todos saibamos transformar tudo em boa experiência! Que todos consigamos perdoar o desconhecido, o mal educado. Ele passou na sua vida. Não pode ser responsável por um dia ruim... Entender o amigo que não merece nossa melhor parte. Se ele decepcionou, passe-o para a categoria 3. Ou mude-o de classe, transforme-o em colega. Além do mais, a gente, provavelmente, também já decepcionou alguém.
O nosso desejo não se realizou? Beleza, não estava na hora, não deveria ser a melhor coisa pra esse momento (me lembro sempre de um lance que eu adoro): CUIDADO COM SEUS DESEJOS, ELES PODEM SE TORNAR REALIDADE.
Chorar de dor, de solidão, de tristeza, faz parte do ser humano. Não adianta lutar contra isso. Mas se a gente se entende e permite olhar o outro e o mundo com generosidade, as coisas ficam bem diferentes.
Desejo para todo mundo esse olhar especial.
O ano que vai entrar pode ser um ano especial, muito legal, se entendermos nossas fragilidades e egoísmos e dermos a volta nisso. Somos fracos, mas podemos melhorar. Somos egoístas, mas podemos entender o outro. O ano que vai entrar pode ser o bicho, o máximo, maravilhoso, lindo, espetacular... ou... Pode ser puro orgulho! Depende de mim, de você! Pode ser. E que seja!!!
Feliz olhar novo!!! Que o ano que se inicia seja do tamanho que você fizer.
Que a virada do ano não seja somente uma data, mas um momento para repensarmos tudo o que fizemos e que desejamos, afinal sonhos e desejos podem se tornar realidade somente se fizermos jus e acreditarmos neles!"

Autor: Carlos Drummond de Andrade